Dados da Aneel mostram crescimento acelerado da geração distribuída

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram o rápido crescimento da adoção da geração distribuída no Brasil. Segundo a agência, a quantidade de instalações de geração distribuída de energia subiu de 22.183 em 2017 para 53.345 em 2018 – um aumento de 140%. Apenas em janeiro de 2019, houve uma adição de mais 1.835 instalações, elevando o acumulado para 55.180.

 

Até 31 de janeiro, o número de unidades consumidoras com direito a recebimento de créditos por conta das instalações de geração distribuída chegou a 75.386 – já que uma instalação pode gerar créditos no Sistema de Compensação de Energia Elétrica para mais de uma unidade. A potência instalada total da GD no Brasil chegou a 676.298,25 KW.

 

 

A geração distribuída apresenta uma concentração nas regiões Sudeste e Sul e nas áreas mais desenvolvidas. Minas Gerais é o estado com maior número de instalações, seguido por São Paulo e Rio Grande do Sul.

 

Como consequência, a Cemig é a distribuidora com mais unidades consumidoras com geração distribuída, como detalhado nas tabelas abaixo.

 

 


Fonte: Aneel

 

Entenda a geração distribuída

 

Em 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu os marcos para a regulamentação do acesso às redes de distribuição pela micro e minigeração – a chamada geração distribuída. Fruto desse processo, a Resolução nº 482 de 2012 foi publicada. Essa resolução nasceu com “prazo validade” dado pela própria Aneel, pois foram criadas condições extremamente favoráveis para superar as imperfeições de mercado que foram identificadas naquela ocasião, como as incertezas e os custos associados à nova tecnologia.

 

As normas estabelecidas em 2012 foram importantes para dar o “empurrão inicial” com a oferta de regras extremamente favoráveis aos usuários que investiram na GD. Por isso, a revisão foi previamente agendada para o ano de 2019, já tendo sido iniciado esse processo com a abertura da Consulta Pública da Aneel nº 10/2018.

 

Em janeiro de 2019, a área técnica da Aneel disponibilizou um estudo que quantifica o quanto de subsídios a GD vem recebendo e quanto está custando para as distribuidoras e ao demais consumidores. O valor já chegou a R$ 132 milhões para um universo de 33 mil beneficiados pela GD (dados de 2018). Como o número de usuários da GD cresce em ritmo extremamente acelerado – de fato, exponencialmente –, essa conta, no início de 2019 já dobrou. Caso continue nessa velocidade, em 2020 será de R$ 1 bilhão.

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