Geração Distribuída: fatos e fakes
O canal Energia Sempre Com Você é um espaço para divulgação e orientação sobre o Setor Elétrico. Aqui você fica informado a respeito do que você paga na conta de luz, como usar a energia de forma eficiente e principalmente o que as distribuidoras de energia estão fazendo para melhorar os serviços à sociedade.
Um assunto bem orientado no canal é a Geração Distribuída (Acesse aqui o vídeo explicativo – nesse material ilustramos como o sistema elétrico – geração e redes elétricas das transmissoras e das distribuidoras – opera em conjunto para atender os clientes e como funciona a micro e minigeração de energia). Também explicamos, em diversas matérias, a REN 482 e todo o processo de aprimoramento que está sendo realizado em 2019 e foi definido no momento de criação das regras atuais.
Agora chegou um momento de retomar o bom debate sobre fatos e fakes, principalmente no momento em que vemos um movimento para confundir as pessoas objetivando criar um alarme inverídico de que a alteração da norma da Aneel poderá interromper o crescimento da micro e mini geração distribuída no Brasil. Nada mais fake!
AS MUDANÇAS NA REGULAMENTAÇÃO DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA IRÃO TAXAR O SOL?
FAKE!
O que se propõe é que os beneficiários da micro e minigeração distribuída (MMGD ) paguem, assim como os demais usuários, adequadamente pelos serviços prestados pelas distribuidoras de energia elétrica e pelo setor elétrico e, dessa forma, evite-se o aumento das tarifas dos demais consumidores.
Se você está na dúvida, pergunte ao seu instalador quanto custará para não precisar ficar conectado à rede da distribuidora. Você provavelmente ficará assustado com o valor e perceberá que é mais barato ficar conectado às redes da distribuidora.
Porém, o mais importante é que você, que é beneficiário da MMGD, compreenda que as redes elétricas garantem a potência e a energia para o seu conforto, especialmente à noite e nos dias chuvosos e nublados.
E lembre-se “o melhor protetor contra as fakes é a boa informação”.
É VERDADE QUE AS ALTERAÇÕES NA REGULAMENTAÇÃO DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA OCORREM A PEDIDO DE GRUPOS EMPRESARIAIS?
FAKE!
A Resolução 482/12 da ANEEL criou condições extremamente favoráveis, como a isenção de custospara o crescimento da micro e minigeração distribuída. Ocorreu numa época em que os custos das placas fotovoltaicas eram muito elevados. Entretanto,essas condições extremamente favoráveis para alguns têm efeitos colaterais negativos para outros, entre eles, o aumento das tarifas de energia elétrica para os demais consumidores. Por isso, ela foi a primeira norma com “prazo de validade”. Desde 2012 está prevista a revisão que ocorrerá agora, em 2019. O que está sendo feito é revisar a Resolução. A micro e minigeração não precisa mais desses subsídios para continuar a crescer.
E lembre-se “o melhor protetor contra as fakes é a boa informação”.
AS EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO SÃO CONTRA A GERAÇÃO DISTRIBUÍDA?
FAKE!
As distribuidoras de energia elétrica são a favor do incremento das fontes renováveis na matriz energética brasileira e são fundamentais para a sustentabilidade da Geração Distribuída, além de ajudarem a garantir o seu desenvolvimento.
Entretanto, da forma como está regulamentada hoje, a geração distribuída cria condições artificiais de mercado que podem acabar onerando as tarifas dos demais consumidores.
O subsídio para os cerca de 120 mil beneficiados representa cerca de R$600 milhões por ano, que será pago pelos demais consumidores. Se a regra não for alterada, em aproximadamente 2 anos, esse subsídio será da ordem R$ 2,5 bilhões anuais dado a pouco mais de 600 mil beneficiados. Pra você ter ideia, é o mesmo valor do desconto dado na Tarifa Social aos consumidores de Baixa Renda que são mais de 9 milhões de consumidores no Brasil. Isso não é justo!
Confere lá, no site da Aneel que tem dados auditados e certificados.
E lembre-se “o melhor protetor contra as fakes é a boa informação”.
COM O APRIMORAMENTO DA REN 482/12, A GERAÇÃO DISTRIBUÍDA CONTINUARÁ CRESCENDO?
FATO!
Vimos nos últimos 7 anos que os ganhos de escala, de tecnologia e de competitividade tornaram as fontes renováveis, inclusive, a micro e minigeração economicamente sustentáveis. Os subsídios cumpriram a missão!
Anote aí: esses custos ainda continuarão caindo nos próximos anos, o que aumentará ainda mais a competitividade.
Com a aplicação da regra justa, os descontos atuais de aproximadamente 90% cairão para cerca de 60%, segundo estudo da ABRADEE. Ou seja, ainda serão bem rentáveis e, principalmente, com o benefício de estancar a transferência de custo para os demais consumidores. É o mais justo para todos!
E lembre-se “o melhor protetor contra as fakes é a boa informação”
A ABRADEE E O IDEC APRESENTARAM PROPOSTA PARA O APERFEIÇOAMENTO DO ProGD DO MINISTTÉRIO DE MINAS E ENERGIA?
FATO!
A proposta foi apresentada ao público em umevento realizado em abril desse ano, em Brasília, e foi enviada ao Ministério de Minas e Energia para avaliação.
Em resumo, subsídios somente para quem, de fato, precisa e, mesmo assim, com o imprescindível sinal de eficiência.
Quer conhecer a proposta? Clique aqui
Além disso, aqui em nosso canal, você poderá conferir informações importantes sobre o que você paga na sua conta de luz, como usar a energia de forma eficiente e principalmente o que as distribuidoras de energia estão fazendo para melhorar os serviços à sociedade e ao meio ambiente.
E lembre-se “o melhor protetor contra as fakes é a boa informação”